O Inicio da amamentação
- nay kelly
- 10 de nov. de 2016
- 3 min de leitura
A amamentação é um assunto que preocupa a maioria das gestantes de primeira viagem. A pergunta mais frequente está relacionada à dúvida se o leite vai descer no momento em que deveria. Isso se deve ao fato dos seios da mulher, muitas das vezes, não demonstrar nenhuma mudança que indique que já está com o leitinho no ponto. Já imaginaram queridas leitoras, chegar no hospital com tudo preparado, bolsa, roupa, fraldas e peito entornando leite? Seria o ápice da preparação.
O bebê quando nasce se encontra bastante alerta. Seria esse o momento ideal para colocá-lo no peito e deixá-lo mamar a vontade. Eu assemelharia esta prática com aquelas cenas de filmes, que enquanto os médicos terminam os cuidados com a mãe, o bebê fica sobre ela, se alimentando, ainda todo sujinho. Na verdade, os próprios médicos relatam que este alerta na qual o bebê se encontra, é denominado estresse positivo, contrário ao que acontece horas depois, onde o bebê é tomado por um sono profundo, que pode permanecer por um tempo que varia de até três dias, acarretando em uma falta de sucesso desgastante na amamentação. Quando meu filho foi para o quarto, ele já se encontrava dormindo. Foi muito difícil, pois ele não queria pegar o peito. Fiquei nervosa no momento, quase chorei pensando que era porque eu não tinha leite. A enfermeira fez uma massagem nos meus seios e logo o colostro saiu, mas a dificuldade em amamentar Gabriel permaneceu por uns dias. Era simplesmente muito difícil a pega.
Nos dias seguintes a primeira pega do bebê, a produção de leite aumenta muito. Os seios ficam inchados e doloridos, ao ponto de não poder encostar em nenhum lugar. Os mamilos ficam extremamente sensíveis, apresentam rachaduras e machucados e a mãe sofre quando o bebê começa a sugar, muitas vezes a amamentação fica impossível. Torna-se primordial esvaziar todo o seio, praticar a técnica do revezamento, limpar os mamilos após cada mamada e hidratá-lo com pomadas especiais.
O corpo se encontra em fase de adaptação. Com o decorrer dos dias o organismo produz apenas o necessário de leite, e os mamilos ficam mais resistentes. Muitas mães desistem no meio do caminho e optam pela mamadeira, mas ficam com o coração partido, pois se sentem culpadas por não conseguir passar por este momento. É importante não julgar, pois não é uma decisão fácil de se tomar.
Por fim enquanto a mãe pega o jeito, uma bagunça só se forma para todos os lados. Não sabemos se dá vontade de rir ou de chorar. Vamos lembrar de algumas cenas?
* O bebê começa a mamar em um peito e o outro esguicha leite simultaneamente, fazendo maior bagunça;
* A mãe vai dormir e acorda de madrugada com o lençol molhado, pijama molhado, cobertas molhadas, marido molhado, isso se o bebê não estiver dormindo com ela, senão até ele estará molhado de leite. Isso ocorre porque a produção de leite continua enquanto você dorme, e sairá em algum momento, mesmo contra sua vontade;
* Os absorventes de seio são caros e vem poucos na caixinha, então muitas mães utilizam paninhos dentro do sutiã. Até que entre tudo nos eixos, cada canto da casa tem um paninho com leite vazado. Resumindo, a casa toda cheira a leite (risos).
Como nem tudo é sofrimento ou bagunça, vale destacar alguns dos benefícios imediatos da amamentação para a mãe, dentre tantos outros. Enquanto se amamenta o útero se contrai ajudando-o a voltar ao tamanho normal, fator que está relacionado com a cólica que a mãe sente nesse momento. Esse ato de contração ajuda a controlar o sangramento pós parto e possíveis hemorragias e o aparecimento ou agravamento de anemias. Também ajuda a perder peso e é um contraceptivo natural,
Alguns fatores podem interferir na decisão da mãe de amamentar, na duração e no desmame precoce, como o estado psicofisiológico, apoio familiar, ausência do leite, desinteresse do bebê e outros.
Observações: As informações contidas acima não representam a totalidade das mães, mas uma porcentagem significativa, de acordo com artigos e sites de fontes confiáveis, e em minha própria experiência.
Nay Kelly
Comentarios